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Em apenas 5 minutos de leitura, você compreende o essencial para acompanhar jogos e participar de conversas sobre esportes com confiança. Comece agora sua jornada pelo mundo esportivo de forma descomplicada!
Se você já ouviu falar da NBA, aquela famosa liga de basquete americano com jogadores como LeBron James e Stephen Curry, então precisa conhecer sua “irmã” feminina: a WNBA. A Women’s National Basketball Association é muito mais do que apenas “a versão feminina” da NBA – é uma liga com história própria, estrelas incríveis e momentos emocionantes que merecem seu lugar no mundo do esporte.
Neste texto, você vai descobrir tudo sobre a WNBA de forma simples e direta:
A história da liga – como tudo começou e por que ela foi criada
Como funciona a temporada – desde a temporada regular até os playoffs decisivos
As brasileiras que fizeram história – nossas representantes que brilharam nas quadras americanas
Entre em quadra e descubra
O que é a WNBA e como ela nasceu
A WNBA foi criada em 1996 e começou a funcionar oficialmente em 1997. Imagine que a NBA, já consolidada como a maior liga de basquete do mundo, decidiu dar uma oportunidade para as mulheres mostrarem seu talento no mesmo nível profissional. Foi exatamente isso que aconteceu.
A liga nasceu com oito times e tinha um objetivo claro: dar às melhores jogadoras de basquete do mundo um lugar para competir profissionalmente nos Estados Unidos. Antes disso, muitas atletas americanas precisavam jogar em outros países para ganhar a vida com o basquete.
O primeiro jogo da história aconteceu em 21 de junho de 1997, entre New York Liberty e Los Angeles Sparks. O Liberty ganhou por 67 a 57, e assim começou uma nova era no basquete feminino mundial.
Como funciona a temporada da WNBA
A temporada da WNBA é bem mais enxuta que a da NBA. Enquanto os homens jogam 82 partidas na temporada regular, as mulheres jogam 44. Isso acontece porque a WNBA funciona durante o verão americano, de maio a setembro, justamente quando a NBA está em recesso.
Para 2025, o calendário oficial da WNBA já está definido:
Início da temporada regular: 16 de maio de 2025
Commissioner’s Cup Tournament: De 1º de junho a 1º de julho
WNBA All-Star Game: 19 de julho de 2025, em Indianápolis
Fim da temporada regular: 11 de setembro de 2025
Início dos playoffs: 14 de setembro de 2025
Finais: última data possível é 17 de outubro de 2025
Temporada regular
Durante a temporada regular, os 13 times da liga se enfrentam em jogos que definem a classificação para os playoffs. É como um campeonato de pontos corridos, onde cada vitória conta para garantir uma vaga na fase eliminatória.
As oito melhores equipes avançam para os playoffs, independentemente da conferência. Isso significa que não importa se o time está na Conferência Leste ou Oeste – o que vale é estar entre os oito melhores.
Commissioner’s Cup Tournament
Uma novidade interessante da WNBA é o Commissioner’s Cup Tournament, que acontece durante a temporada regular. É como uma “copa” dentro do campeonato, onde determinados jogos valem pontos extras para uma competição paralela.
WNBA All-Star Game
O jogo das estrelas é um dos momentos mais esperados da temporada. Em 2025, acontecerá em Indianápolis, reunindo as melhores jogadoras da liga em um espetáculo único.
Playoffs da WNBA
Os playoffs seguem um formato eliminatório bem definido. As oito melhores equipes da temporada regular se classificam para as quartas de final, onde jogam em melhor de três partidas. Quem vencer avança para as semifinais.
As semifinais são disputadas em melhor de cinco jogos, assim como as finais. Porém, a partir de 2025, as finais da WNBA passaram a ser disputadas em melhor de sete jogos, seguindo o mesmo formato da NBA e dando ainda mais emoção à decisão do título.
Os times que fazem parte da WNBA
Atualmente, a WNBA tem 13 times divididos em duas conferências, com a novidade do Golden State Valkyries, que estreou em 2025:
Conferência Leste:
Atlanta Dream
Chicago Sky
Connecticut Sun
Indiana Fever
New York Liberty
Washington Mystics
Conferência Oeste:
Dallas Wings
Golden State Valkyries
Las Vegas Aces
Los Angeles Sparks
Minnesota Lynx
Phoenix Mercury
Seattle Storm
Cada time tem sua própria história e torcida fiel. O Los Angeles Sparks, por exemplo, foi um dos times originais da liga, enquanto o Golden State Valkyries é o mais recente, estreando na temporada 2025 e trazendo ainda mais competitividade para a conferência oeste.
Estrelas históricas da WNBA
A WNBA já teve jogadoras que marcaram época e se tornaram verdadeiras lendas do basquete mundial. Conhecer essas atletas é fundamental para entender a importância da liga.
As pioneiras do Houston Comets
O Houston Comets foi o primeiro grande time da WNBA, conquistando quatro títulos consecutivos entre 1997 e 2000. Três jogadoras foram fundamentais para essa dinastia:
Cynthia Cooper era a principal pontuadora e líder do time. Conhecida por sua frieza nos momentos decisivos, Cooper foi eleita MVP das finais nos dois primeiros anos da liga.
Sheryl Swoopes era uma das jogadoras mais completas da história. Primeira atleta a ter um tênis com seu nome (ainda antes da WNBA existir), Swoopes dominava tanto no ataque quanto na defesa.
Tina Thompson completava o trio de ouro do Comets. Jogadora versátil e inteligente, ela sabia fazer tudo que o time precisava para vencer.
Sue Bird
Sue Bird é considerada uma das maiores armadoras da história do basquete feminino. Jogou 21 temporadas na WNBA, todas pelo Seattle Storm, e conquistou quatro títulos da liga. Além disso, é tetracampeã olímpica pelos Estados Unidos.
Diana Taurasi
Conhecida como “White Mamba” (Mamba Branca), Diana Taurasi é a maior pontuadora da história da WNBA. Ela quebrou recordes que pareciam impossíveis e se tornou referência para uma geração inteira de jogadoras.
Maya Moore
Maya Moore deixou o basquete no auge da carreira para se dedicar a causas sociais, especificamente para ajudar a libertar um homem que ela acreditava ter sido injustamente condenado. Sua história vai muito além das quadras e mostra como os atletas podem impactar a sociedade.
A nova geração
Sabrina Ionescu was efficient in the Liberty's win over the Sky, lifting New York to a 9-0 start to the season 🎯
Sabrina Ionescu representa a nova geração de estrelas da WNBA. Armadora do New York Liberty, ela é conhecida por sua habilidade incrível nos arremessos de três pontos e por quebrar recordes ainda na universidade. Sabrina também participou do concurso de três pontos contra Stephen Curry, da NBA, mostrando que o talento feminino pode competir em qualquer nível.
Caitlin Clark é uma das principais responsáveis pelo crescimento recente da popularidade da WNBA. Suas performances espetaculares na universidade atraíram milhões de novos fãs para o basquete feminino, e sua chegada à WNBA em 2024 trouxe ainda mais atenção para a liga.
Paige Bueckers é considerada uma das maiores promessas do basquete feminino mundial. Ainda na universidade, ela já é vista como uma futura estrela da WNBA e representa o futuro brilhante da liga.
Brasileiras que fizeram história na WNBA
O Brasil tem uma tradição forte no basquete feminino, e várias brasileiras já deixaram sua marca na WNBA. Conhecer essas atletas é motivo de orgulho nacional.
Janeth Arcain
By ASCOM Prefeitura de Votuporanga – JANETH ARCAIN SELEÇÃO, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=45467822
Janeth é considerada uma das maiores jogadoras brasileiras de todos os tempos. Ela jogou na WNBA pelo Houston Comets e foi peça fundamental nos quatro títulos consecutivos da equipe entre 1997 e 2000. Janeth era conhecida por sua versatilidade e capacidade de decidir jogos importantes, sendo uma das principais responsáveis pela dinastia do Comets.
Alessandra Santos de Oliveira
Alessandra foi uma das pioneiras brasileiras na liga americana. Jogadora de grande talento técnico, ela abriu caminho para outras brasileiras que vieram depois e mostrou que o basquete nacional tinha qualidade para competir no mais alto nível.
Cíntia Santos
Cíntia Santos também fez parte da geração de brasileiras que marcaram presença na WNBA. Sua dedicação e profissionalismo ajudaram a construir uma boa reputação para as jogadoras brasileiras na liga.
Iziane Castro Marques
Iziane representou o Brasil com muita garra na WNBA, mostrando a qualidade técnica e física das jogadoras brasileiras. Ela contribuiu para manter a tradição brasileira na liga americana.
Kamilla Cardoso
Representando a nova geração, Kamilla Cardoso é uma das principais esperanças atuais do basquete feminino brasileiro na WNBA. Pivô de grande estatura e habilidade, ela tem potencial para se tornar uma das principais jogadoras da liga nos próximos anos.
Onde assistir WNBA no Brasil
Uma das perguntas mais comuns de quem se interessa pela WNBA é: onde posso assistir os jogos no Brasil? A boa notícia é que a temporada 2025 trouxe novidades excelentes para os fãs brasileiros.
A ESPN e o Disney+ são os principais detentores dos direitos de transmissão da WNBA no Brasil, oferecendo uma cobertura ampla da liga. O Canal GOAT também transmite jogos selecionados da WNBA, complementando a programação.
Essa é uma mudança significativa em relação aos anos anteriores, quando era muito difícil encontrar transmissões regulares da WNBA no Brasil. Agora, os fãs têm opções tanto na TV por assinatura quanto no streaming, facilitando muito o acesso aos jogos.
Diferenças entre WNBA e NBA
Embora sejam ligas da mesma modalidade, existem algumas diferenças importantes entre WNBA e NBA que vale a pena conhecer:
Duração da temporada: A WNBA tem 44 jogos na temporada regular, enquanto a NBA tem 82.
Período do ano: A WNBA acontece de maio a setembro, durante o verão americano. A NBA vai de outubro a junho.
Tamanho da bola: A WNBA usa uma bola ligeiramente menor que a da NBA, mais adequada para as mãos femininas.
Salários: Os salários na WNBA são significativamente menores que na NBA, o que faz com que muitas jogadoras joguem em outras ligas durante o inverno americano.
O crescimento da WNBA nos últimos anos
A WNBA vem crescendo em popularidade e relevância, especialmente entre o público mais jovem. As redes sociais ajudaram muito nesse processo, permitindo que as jogadoras se conectem diretamente com os fãs e mostrem sua personalidade além das quadras.
A liga também tem investido em marketing e parcerias que aumentam sua visibilidade. Campanhas sobre igualdade de gênero e justiça social, lideradas pelas próprias jogadoras, trouxeram ainda mais atenção para a WNBA.
Curiosidade para a mesa do bar
Aqui vai uma curiosidade que pode render uma boa conversa: você sabia que várias jogadoras da WNBA são casadas com outras jogadoras da própria liga?
Sue Bird, uma das maiores estrelas da história da WNBA, é casada com Megan Rapinoe, estrela da seleção americana de futebol feminino. Já Candice Parker, ex-MVP da liga, foi casada com Shelden Williams, ex-jogador da NBA. Esses relacionamentos mostram como o mundo do esporte de alto rendimento cria conexões especiais entre atletas que compartilham experiências similares.
Outra curiosidade interessante: o recorde de pontos em um único jogo da WNBA pertence a Riquna Williams, que marcou 51 pontos em 2013. Para ter uma ideia, isso é mais pontos do que muitos jogadores da NBA conseguem em seus melhores jogos.
O futuro da WNBA
A WNBA está em um momento de crescimento e expansão. Novos times estão sendo cogitados, os salários estão aumentando gradualmente, e a cobertura da mídia está cada vez maior.
A liga também tem servido como inspiração para outras ligas femininas ao redor do mundo, incluindo o Brasil, onde o basquete feminino busca mais espaço e investimento.
Para quem está começando a se interessar pelo basquete feminino, a WNBA é o melhor lugar para começar. O nível técnico é altíssimo, os jogos são emocionantes, e você vai se surpreender com a qualidade do espetáculo.
Conclusão
A WNBA é muito mais que uma liga de basquete feminino – é um símbolo de como o esporte pode evoluir e dar oportunidades iguais para todos. Desde sua criação em 1997, a liga provou que o basquete feminino tem qualidade, emoção e estrelas capazes de encantar qualquer fã de esporte.
Se você gosta de basquete ou quer começar a entender mais sobre o esporte, acompanhar a WNBA é uma excelente pedida. As jogadoras são técnicas, os jogos são disputados, e você ainda vai conhecer histórias inspiradoras de atletas que superam obstáculos dentro e fora das quadras.
Da próxima vez que o assunto for basquete na mesa do bar, você já sabe: pode falar sobre as brasileiras que conquistaram títulos na WNBA, sobre recordes impressionantes, e mostrar que conhece muito mais do que apenas a NBA.
Glossário
MVP: Most Valuable Player – jogadora mais valiosa da temporada
Playoffs: Fase eliminatória que define o campeão da liga
Conferência: Divisão geográfica dos times (Leste e Oeste)
Temporada regular: Fase inicial da competição onde todos os times se enfrentam
Draft: Processo de seleção de jogadoras universitárias para a liga profissional
Armadora: Posição responsável por organizar as jogadas da equipe
Pivô: Jogadora que atua próximo à cesta, geralmente a mais alta da equipe