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Se você já se perguntou o que é a VNL ou ficou perdido quando alguém comentou sobre a Liga das Nações de vôlei, chegou ao lugar certo. A VNL (Volleyball Nations League) é um dos principais campeonatos mundiais de seleções de vôlei, criado para substituir a antiga Liga Mundial e Grand Prix. É como se fosse a “Champions League” do vôlei entre países, reunindo as melhores seleções do mundo numa competição que acontece todo ano.
Neste texto, você vai descobrir tudo sobre essa competição de forma simples e clara:
A história completa da VNL – desde quando surgiu até como virou o que é hoje
Como funciona o formato atual – quem joga, quantas fases tem e como é definido o campeão
As principais mudanças para 2025 – o novo regulamento que está revolucionando a competição
Lista completa de campeões – tanto do masculino quanto do feminino
Curiosidade para usar na mesa do bar – aquele fato interessante que vai impressionar os amigos
Entre em quadra para descobrir
A História da VNL: De onde veio essa competição
A Liga das Nações de vôlei nasceu em 2018, mas sua história começou muito antes. Para entender o que é a VNL, precisamos voltar no tempo.
Até 2017, o vôlei mundial tinha duas competições principais de seleções: a Liga Mundial (masculina) e o Grand Prix (feminino). Essas competições existiam há décadas – a Liga Mundial desde 1990 e o Grand Prix desde 1993. Porém, elas tinham alguns problemas: formato complicado, muitas datas espalhadas pelo ano e dificuldade para atrair público.
A Federação Internacional de Voleibol (FIVB) decidiu então criar algo novo, mais atrativo e comercialmente viável. Assim nasceu a Nations League, que estreou em 2018 substituindo as duas competições antigas de uma vez só.
A ideia era simples: criar um campeonato anual que reunisse as melhores seleções do mundo, com formato mais enxuto, datas concentradas e maior apelo para TV e patrocinadores. O nome “Nations League” não foi escolhido por acaso – ele remete à Liga das Nações da UEFA no futebol, aproveitando o sucesso desse formato.
Quem Disputa a VNL? As Seleções Participantes
By volleyballworld.com – https://en.volleyballworld.com/volleyball/competitions/vnl-2021/photos/final-individual-award-ceremony, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=114352771
Até 2024, a VNL funcionava com um sistema de dois grupos distintos: seleções principais (chamadas de “Core Nations”) e seleções desafiantes (“Challenger Nations”).
As seleções principais tinham vaga garantida a cada edição e não corriam risco de rebaixamento. Já as seleções desafiantes disputavam suas vagas todos os anos – a pior colocada entre elas era rebaixada e substituída pela campeã da Challenger Cup (uma espécie de segunda divisão da VNL).
Seleções Principais (Core Nations) até 2024
No masculino, exemplos de seleções com vaga garantida pelo menos em alguma ediçãoforam: Brasil, Argentina, Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Polônia, Bulgária, Sérvia, Japão, Irã e China.
No feminino, as principais, dependendo da edição, eram: Brasil, Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Polônia, Sérvia, Turquia, Japão, Coreia do Sul, China e Tailândia.
Seleções Desafiantes até 2024
As 4 vagas de desafiantes variavam a cada ano, dependendo do desempenho na edição anterior e dos resultados da Challenger Cup. Países como Alemanha, Holanda, Eslovênia, Bulgária e Austrália alternavam nessas posições.
Era como se fosse um “clube seleto” onde alguns tinham cadeira cativa e outros precisavam provar seu valor a cada temporada para continuar participando.
Como Funcionava a VNL Até 2024
Para entender o que é a VNL, é importante conhecer como ela funcionava até a temporada de 2024. O formato era dividido em duas fases principais: a fase preliminar e a fase final.
Fase Preliminar
A fase preliminar acontecia em 5 semanas, com cada seleção jogando 12 partidas. Em 2022 a fase preliminar foi alterada para 3 semanas. O sistema era de rodízio: as 16 equipes eram divididas em grupos que se enfrentavam em diferentes cidades pelo mundo.
Imagine assim: era como se fosse um campeonato onde todos jogam contra quase todos, mas não numa cidade só. As seleções viajavam para diferentes países, jogando 3 partidas por semana inicialmente e a partir de 2022, 4 partidas por semana.
O Brasil, por exemplo, podia jogar contra Itália, França e Polônia numa semana em solo italiano, e na semana seguinte enfrentar Estados Unidos, Japão e Bulgária no Japão.
Cada vitória valia pontos no ranking geral. Vitória por 3 sets a 0 ou 3 a 1 dava 3 pontos. Vitória por 3 sets a 2 dava 2 pontos. E quem perdia por 3 a 2 ainda ganhava 1 ponto, como uma espécie de “consolação” por ter levado o jogo até o final.
Fase Final
Após as 12 rodadas da fase preliminar, as 7 melhores seleções se classificavam para a fase final. Esta fase acontecia numa única cidade, escolhida com antecedência pela FIVB. O país da cidade sede da fase final também garantia vaga.
O formato era eliminatório simples: quartas de final, semifinal e final. Quem perdesse ia embora, sem segunda chance. Era a parte mais emocionante da Nations League, quando os melhores se enfrentavam para decidir o campeão.
O Novo Regulamento da VNL 2025
By Fédération Internationale de Volleyball – https://www.volleyball.world/en/vnl/2021/, Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=104835064
A partir da temporada 2025, a VNL passou por mudanças significativas. A FIVB decidiu reformular o formato para torná-lo ainda mais atrativo e competitivo.
Principais Mudanças
A maior novidade é o aumento de participantes, que subirá dos atuais 16 para 18 seleções em ambos as categorias, masculino e feminino. Por conta dessa expansão, não houve rebaixamento na edição de 2024. O vencedor da Challenger Cup (que hoje funciona como uma segunda divisão) e o país mais bem colocado no ranking mundial da modalidade em cada naipe entraram na competição.
Com a subida no total de nações, o calendário da fase preliminar teve algumas mudanças importantes. Cada país continua jogando 12 partidas, e serão mantidas as três semanas de competição, em vez das cinco praticadas até 2022.
O formato também mudou: serão três grupos de seis seleções por semana, em três locais diferentes. Uma mudança prática é que o número de dias de competição cai de seis para cinco semanalmente, tornando o calendário mais enxuto.
Outra novidade é que haverá uma semana de descanso em ambos os torneios após a segunda semana de competição no masculino, dando mais tempo para recuperação dos atletas.
Sistema de Rebaixamento
A partir de 2025, a nação pior colocada será substituída pelo país melhor colocado no ranking da federação internacional que não tenha participado do torneio na edição atual. Acabou completamente o conceito de seleções principais e desafiantes – agora todas as 18 participantes estão no mesmo nível e qualquer uma pode ser rebaixada.
Isso significa que seleções tradicionais como Brasil, Estados Unidos ou Itália podem, teoricamente, ficar de fora da VNL se tiverem uma temporada muito ruim. É uma mudança revolucionária que torna a competição completamente meritocrática, onde apenas o desempenho dentro das quadras importa.
Sistema de Pontuação
O sistema de pontuação permanece o mesmo das temporadas anteriores: 3 pontos para vitória por 3×0 ou 3×1, 2 pontos para vitória por 3×2, e 1 ponto para derrota por 3×2. Esse sistema é interessante porque premia quem vence de forma mais convincente, mas não deixa quem perde numa partida equilibrada sem nenhuma recompensa.
Os Antigos Nomes: Liga Mundial e Grand Prix
Antes da VNL existir, o vôlei mundial tinha suas próprias tradições. A Liga Mundial masculina foi criada em 1990 e se tornou a principal competição de seleções do esporte. Era disputada anualmente e seguia um formato parecido com o atual, mas com menos seleções participantes.
O Grand Prix feminino surgiu em 1993 e tinha características similares. Ambas as competições eram organizadas pela FIVB e reuniam as principais potências do vôlei mundial.
Por Que Mudaram os Nomes?
A mudança de Liga Mundial e Grand Prix para Nations League não foi apenas cosmética. A FIVB queria criar uma marca única e forte, que funcionasse tanto para o masculino quanto para o feminino. “Nations League” soava mais moderno e internacional, além de criar uma identidade visual única para a competição.
É como quando uma empresa muda de nome para se modernizar. O produto continua sendo o mesmo – vôlei de alta qualidade entre seleções – mas a “embalagem” ficou mais atrativa.
Lista de Campeões da VNL
Desde que a VNL começou em 2018, alguns países se destacaram mais que outros. Aqui está a lista completa de campeões:
Masculino
2018: Rússia
2019: Rússia
2021: Brasil (2020 foi cancelado devido à pandemia)
2022: França
2023: Polônia
2024: França
Feminino
2018: Estados Unidos
2019: Estados Unidos
2021: Estados Unidos (2020 foi cancelado devido à pandemia)
2022: Itália
2023: Turquia
2024: Itália
Análise dos Campeões
Olhando esses números, alguns padrões ficam claros. No masculino, a Rússia começou dominando com dois títulos consecutivos (2018 e 2019), mas depois perdeu espaço. A França emergiu como nova potência, conquistando dois títulos, e a Polônia também mostrou força.
No feminino, os Estados Unidos dominaram o início da competição com três títulos consecutivos nos primeiros anos. A Itália emergiu como nova força, conquistando dois títulos (2022 e 2024), enquanto a Turquia também mostrou que o vôlei feminino está cada vez mais equilibrado globalmente.
Como a VNL Impacta o Vôlei Mundial
A Liga das Nações não é apenas mais um campeonato. Ela revolucionou o calendário do vôlei mundial e mudou a forma como as seleções se preparam para outras competições importantes.
Preparação para Olimpíadas e Mundiais
A VNL virou uma espécie de “laboratório” para técnicos testarem jogadores e táticas. Como acontece todo ano, ela permite que as seleções mantenham ritmo de jogo e identifiquem novos talentos constantemente.
É diferente do futebol, onde as seleções se reúnem poucas vezes por ano. No vôlei, a Nations League garante que os melhores jogadores se enfrentem regularmente, elevando o nível técnico geral do esporte.
Impacto Econômico
A criação da VNL também trouxe mais dinheiro para o vôlei mundial. Com formato mais televisivo e marketing mais profissional, a competição atrai mais patrocinadores e audiência. Isso significa mais recursos para as federações investirem no desenvolvimento do esporte.
Curiosidade para a Mesa do Bar: O Domínio Russo Inicial
Aqui vai uma curiosidade que vai impressionar na mesa do bar: a Rússia foi bicampeã consecutiva da VNL masculina em 2018 e 2019, estabelecendo-se como a primeira grande potência da nova competição.
O interessante é que a Rússia conseguiu esse feito logo nos primeiros anos da VNL, mostrando que estava preparada para o novo formato. Eles dominaram completamente o início da competição, vencendo as duas primeiras edições de forma convincente.
Porém, devido aos conflitos geopolíticos atuais, a Rússia está suspensa de competições internacionais, incluindo a VNL. Isso significa que o primeiro grande dominador da competição não pode nem sequer participar atualmente.
É uma ironia do destino: a seleção que ajudou a dar credibilidade à nova competição nos seus primeiros anos agora não pode defendê-la. Desde então, nenhuma outra seleção conseguiu repetir o feito russo de conquistar títulos consecutivos no masculino.
Por Que a VNL É Importante para o Brasil?
O Brasil tem uma relação especial com a Liga das Nações. Tanto no masculino quanto no feminino, as seleções brasileiras estão sempre entre as principais candidatas ao título.
Tradição no Vôlei
O Brasil é uma das maiores potências mundiais do vôlei, com tradição tanto na Liga Mundial quanto no Grand Prix. Quando a VNL foi criada, as expectativas eram altas para as seleções brasileiras.
No masculino, o Brasil conquistou um título (2021) e sempre está entre os primeiros colocados. No feminino, apesar da tradição e de sempre figurar entre as melhores, a seleção brasileira ainda busca seu primeiro título na VNL, mas continua sendo uma das principais candidatas a cada edição.
Em busca deste primeiro título, as brasileiras já bateram na trave e ficaram com o vice-campeonato em 3 edições consecutivas: 2019, 2021 e 2022.
Desenvolvimento de Jogadores
A VNL também é fundamental para o desenvolvimento de novos talentos brasileiros. Como a competição acontece todo ano, permite que técnicos testem jogadores jovens em alto nível, preparando-os para futuras Olimpíadas e Mundiais.
Onde Assistir e Acompanhar a VNL
Para quem se interessou e quer acompanhar a Nations League, existem várias opções no Brasil. A competição é transmitida por canais de TV por assinatura e também tem cobertura online.
No Brasil algumas partidas, geralmente nas manhãs de domingo, são transmitidas ao vivo na Rede Globo em TV aberta. O SporTV, a casa do vôlei brasileiro, transmite ao vivo todos os jogos da Seleção Brasileira, tanto masculina quanto feminina.
Quem preferir, também pode fazer a assinatura da VBTV, serviço de streaming que com planos a partir de R$ 16,67 por mês transmite além da VNL a Superliga brasileira, o Campeonato Italiano e diversas outras competições pelo mundo, além de produzir diversos documentários e produtos especiais para os fãs de vôlei.
A FIVB mantém um site oficial com estatísticas, resultados e informações sobre todas as partidas. Para quem gosta de números, é uma mina de ouro de dados sobre o vôlei mundial.
Além disso, as redes sociais das federações nacionais sempre têm conteúdo exclusivo durante a competição, com bastidores e entrevistas dos jogadores.
Conclusão: A VNL Como Futuro do Vôlei
Agora você já sabe o que é a VNL e por que ela é tão importante para o vôlei mundial. A Liga das Nações representa a evolução natural do esporte, combinando tradição com inovação para criar a melhor competição possível entre seleções.
Desde sua criação em 2018, a VNL se estabeleceu como o principal campeonato de seleções do vôlei, superando até mesmo competições tradicionais como a Liga Mundial e o Grand Prix que a antecederam. Com o novo regulamento a partir de 2025, a competição promete ficar ainda mais emocionante e equilibrada.
Para quem está começando a acompanhar vôlei ou quer entender melhor o esporte, a Nations League é o lugar perfeito para começar. É onde você encontra o melhor vôlei do mundo, com as maiores estrelas e os jogos mais emocionantes. E agora, quando alguém comentar sobre a VNL na mesa do bar, você já sabe do que estão falando.