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O UFC China está de volta! Depois de quase oito anos longe do território chinês, a maior organização de MMA do mundo retorna com tudo para Xangai. Se você é daqueles que quer entender o que esperar desse evento histórico sem se perder em termos técnicos, chegou ao lugar certo.
Este retorno marca um momento especial para o esporte, especialmente com dois brasileiros em ação que prometem mostrar a garra tupiniquim em solo asiático. Vamos te explicar tudo de forma simples para você não ficar de fora das conversas sobre esse evento marcante.
Principais destaques que você vai descobrir neste texto:
Card completo do evento e os brasileiros que estarão em ação
Como assistir no Brasil e todos os horários para não perder nada
Análise das lutas principais que prometem roubar a cena
Entre no octógono e descubra:
O que torna o UFC China especial
O UFC não pisava em solo chinês desde 2017, quando rolou um evento em Xangai. A volta agora, em agosto de 2025, representa muito mais que apenas uma competição esportiva – é um marco histórico para o MMA mundial.
Imagine ficar oito anos sem ir ao seu restaurante favorito e depois voltar com uma fome danada. É mais ou menos assim que o UFC chega à China: cheio de expectativas e pronto para fazer bonito. A organização escolheu Xangai novamente, especificamente o Shanghai Indoor Stadium, uma arena que comporta milhares de fãs e tem estrutura de sobra para um espetáculo desse nível.
Para quem acompanha o esporte, sabe que a China é um mercado gigantesco e em crescimento para o MMA. O país tem produzido lutadores talentosos nos últimos anos, e eventos como este ajudam a fortalecer ainda mais essa base de fãs.
Pôster oficial do UFC China – Imagem: Divulgação
Onde e quando acontece o UFC Xangai
O evento está marcado para 23 de agosto de 2025, um sábado que promete movimentar o mundo do MMA. O local escolhido é o Shanghai Indoor Stadium, uma arena moderna e bem equipada no coração da metrópole chinesa.
Para nós, brasileiros, os horários podem parecer um pouco confusos no início, mas é simples de entender. Devido ao fuso horário, o que para os chineses acontece no sábado à noite, para nós será na madrugada e manhã de sábado mesmo.
A escolha de Xangai não é por acaso. A cidade é um dos centros financeiros e culturais mais importantes da Ásia, com uma população de mais de 24 milhões de habitantes. É como se o UFC escolhesse fazer um evento na Times Square de Nova York – lugar certo, hora certa.
Como assistir o UFC China no Brasil
No Brasil, o evento será transmitido exclusivamente pelo UFC Fight Pass. É como ter um Netflix específico para MMA – você paga uma mensalidade e tem acesso completo a todos os eventos da organização.
O UFC Fight Pass é a plataforma oficial do UFC e oferece qualidade HD, múltiplos ângulos de câmera e comentários em inglês. Para quem ainda não tem uma conta, vale lembrar que a plataforma oferece período de teste gratuito para novos usuários.
Os horários ficam assim para o Brasil:
Preliminares: começam às 4h da manhã
Card principal: inicia às 7h da manhã
Pode parecer cedo demais? Lembre-se que é sábado! Você pode acordar cedinho para assistir ou até mesmo fazer uma madrugada completa com os amigos – vai virar uma experiência diferente.
Card principal: as lutas que você não pode perder
Luta principal: Johnny Walker vs. Zhang Mingyang
O main event traz um duelo de pesos meio-pesados que promete fireworks do início ao fim. Johnny Walker, brasileiro ranqueado em 12º lugar, enfrenta Zhang Mingyang, chinês que ocupa a 14ª posição no ranking.
Walker é conhecido por seu estilo explosivo e imprevisível. É daqueles lutadores que podem finalizar a luta a qualquer momento com um chute ou cotovelada bem colocada. Para quem nunca viu o brasileiro lutar, imagine um carro esportivo: pode acelerar do zero aos 100 em poucos segundos, mas também precisa de controle para não sair da pista.
Zhang Mingyang, por outro lado, representa a nova geração chinesa do MMA. Ele é conhecido como um “finisher” – ou seja, um cara que não deixa as lutas chegarem na decisão dos juízes. É o típico lutador que a torcida local vai apoiar com força total.
Co-main event: Brian Ortega vs. Aljamain Sterling
O co-main event traz Brian Ortega contra Aljamain Sterling, dois ex-desafiantes a cinturão em uma luta que promete técnica de alto nível. É como ter duas estrelas do cinema dividindo a tela principal – ambos têm currículo para protagonizar qualquer evento.
Ortega já disputou o cinturão dos penas duas vezes e é famoso por suas finalizações no chão. Sterling, por sua vez, foi campeão dos galos e subiu de categoria buscando novos desafios. É uma luta técnica que pode definir quem fica mais perto de uma nova chance pelo título.
Card principal completo:
Peso meio-pesado: Johnny Walker x Zhang Mingyang Peso-pena: Brian Ortega x Aljamain Sterling Peso-pesado: Sergei Pavlovich x Waldo Cortes-Acosta Peso-mosca: Sumudaerji x Kevin Borjas Peso meio-médio: Taiyilake Nueraji x Kiefer Crosbie
Card preliminar: a base que promete surpreender
O card preliminar é sempre onde encontramos as maiores surpresas. É como os shows de abertura de um festival de rock – às vezes roubam a cena do headliner. O evento conta com 12 lutas ao total, garantindo várias horas de ação pura.
Entre os destaques das preliminares, temos Michel Pereira enfrentando Kyle Daukaus na categoria peso-médio – uma luta que facilmente poderia estar no card principal. Pereira, conhecido por sua criatividade e movimentos acrobáticos, promete mais um show à parte.
Card preliminar completo:
Peso-leve: Maheshate x Gauge Young Peso-mosca: Charles Johnson x Lone’er Kavanagh Peso-leve: Rong Zhu x Austin Hubbard Peso-médio: Michel Pereira x Kyle Daukaus Peso-pena: Yi Zha x Westin Wilson Peso-galo: Xiao Long x Su Young You Peso meio-pesado: Uran Satybaldiev x Diyar Nurgozhay
Para quem está começando a acompanhar MMA, as preliminares são uma ótima escola. O ritmo geralmente é mais acelerado, os lutadores estão hungrier (com mais fome de vitória) e as lutas tendem a ser mais movimentadas.
Os brasileiros em ação: representando o Brasil
Johnny Walker e Michel Pereira serão os representantes do país no evento, carregando a responsabilidade de mostrar a qualidade do MMA brasileiro em solo asiático.
Johnny Walker: o showman brasileiro
Walker não é apenas um lutador, é um entertainer. Conhecido por suas comemorações exóticas após as vitórias (chegou a machucar o ombro comemorando uma vez), ele traz sempre um show à parte. Sua estratégia de luta é simples: partir para cima e tentar finalizar rápido.
Para este evento, Walker tem uma pressão extra. Lutar na China, contra um adversário local, em um retorno histórico do UFC ao país, significa que os holofotes estarão todos voltados para ele. É como ser o cantor principal em um show no Maracanã – ou brilha muito ou pode dar errado feio.
Michel Pereira: a criatividade em pessoa
Michel Pereira é conhecido por ser um dos lutadores mais criativos do UFC atual. Seus movimentos não seguem o manual tradicional do MMA – ele inventa golpes na hora, faz acrobacias e sempre deixa a galera de boca aberta.
Pereira representa bem o “jeitinho brasileiro” dentro do octógono: quando as coisas ficam difíceis, ele encontra uma solução diferente de todo mundo. É o tipo de lutador que mesmo perdendo, você lembra da luta por muito tempo.
Análise técnica: o que esperar das lutas principais
Walker vs. Zhang: explosão vs. técnica
Esta luta representa um choque interessante de estilos. Walker vem com a escola brasileira de “partir para cima”, enquanto Zhang representa a nova geração asiática, mais técnica e calculista.
A vantagem de Walker está na experiência contra adversários de elite e na capacidade de terminar lutas rapidamente. Já Zhang tem a vantagem de lutar em casa, com uma torcida que vai empurrá-lo do primeiro ao último segundo.
A chave da luta estará nos primeiros rounds. Se Walker conseguir impor seu ritmo frenético logo no início, pode conseguir uma finalização rápida. Se Zhang conseguir levar para uma guerra de cinco rounds, sua técnica e preparo físico podem fazer a diferença.
Ortega vs. Sterling: xadrez no octógono
Esta é uma luta para quem aprecia o aspecto mais técnico do MMA. Ambos são lutadores completos, com bom striking (luta em pé) e excelente jogo de solo.
Ortega tem o histórico de conseguir finalizações quando parece que está perdendo a luta. É como aquele jogador de futebol que marca gols no final do jogo – nunca se sabe quando ele pode surpreender. Sterling, por outro lado, tem um cardio excepcional e um wrestling (luta agarrada) muito sólido.
A luta promete ser uma aula de MMA moderno, onde pequenos detalhes podem fazer toda a diferença.
Curiosidade para a mesa do bar
Aqui vai uma informação que vai fazer você brilhar na conversa com os amigos: este é o primeiro evento do UFC na China continental desde a pandemia de COVID-19. Mas o mais interessante é que a última vez que o UFC esteve em Xangai foi em novembro de 2017, no evento “Bisping vs. Gastelum”.
Para você ter ideia do tamanho da pausa, em 2017 o iPhone X havia acabado de ser lançado, Neymar ainda jogava no Barcelona e o TikTok nem existia ainda. É como se o UFC tivesse ficado todo esse tempo numa máquina do tempo e agora voltasse para encontrar um mundo completamente diferente.
Outro detalhe curioso: Xangai tem mais de 24 milhões de habitantes – quase toda a população da Austrália em uma única cidade. Isso significa que o potencial de crescimento do MMA na região é gigantesco.
O impacto do retorno na cena mundial do MMA
O retorno do UFC à China não é apenas sobre uma noite de lutas. É sobre abrir as portas para um mercado que pode revolucionar o esporte nos próximos anos.
A China tem investido pesado em esportes de combate, criando academias modernas e formando uma nova geração de atletas. Este evento pode ser o pontapé inicial para uma série de outros eventos na região, criando oportunidades tanto para lutadores locais quanto internacionais.
Para os brasileiros, isso significa mais oportunidades de mostrar nosso MMA para um público gigantesco que está descobrindo o esporte. É como ter uma vitrine mundial para nossos talentos.
Expectativas e apostas dos especialistas
Os especialistas em MMA estão divididos sobre as lutas principais. Walker entra como ligeiro favorito contra Zhang, principalmente pela experiência internacional, mas muitos acreditam que o fator casa pode ser decisivo.
Na luta co-principal, Ortega vs. Sterling é considerada uma das mais equilibradas do ano. Ambos chegam em boa forma e motivados – Ortega quer provar que ainda tem gás para mais uma tentativa de título, enquanto Sterling busca se estabelecer na nova categoria.
O que todos concordam é que este evento tem potencial para entrar na história como um dos marcos do MMA moderno, não só pelos resultados, mas pelo simbolismo do retorno.
Como se preparar para assistir
Para aproveitar ao máximo o evento, aqui vão algumas dicas práticas:
Ajuste o despertador: Com as lutas começando de madrugada no Brasil, organize-se na sexta à noite. Durma cedo ou prepare-se para uma madrugada completa.
Prepare os petiscos: Nada como uma boa comida para acompanhar as lutas. Como será pela manhã, que tal um café reforçado com pão de açúcar?
Chame os amigos: Eventos históricos como este ficam ainda melhores quando compartilhados. Organize uma reunião e transforme a manhã de sábado numa festa do MMA.
Pesquise sobre os lutadores: Conhecer um pouco da história de cada atleta torna as lutas muito mais emocionantes. É como assistir um filme sabendo o background dos personagens.
Conclusão
O UFC China representa muito mais que apenas mais um evento no calendário. É o retorno triunfal de uma organização ao mercado mais promissor do planeta, com dois brasileiros carregando nossa bandeira em solo asiático.
Johnny Walker e Michel Pereira têm a oportunidade de ouro para mostrar a qualidade do MMA brasileiro para milhões de novos fãs. É como ter nossos embaixadores do esporte em uma missão especial do outro lado do mundo.
Seja você um veterano no acompanhamento de MMA ou alguém que está começando agora, este evento promete ser especial. Marque na agenda, ajuste o despertador e prepare-se para testemunhar um pedaço da história do MMA mundial. Afinal, eventos assim não acontecem todo dia!
Glossário
Card: Lista completa de lutas de um evento do UFC
Co-main event: Segunda luta mais importante do evento, geralmente a penúltima
Finisher: Lutador conhecido por finalizar os oponentes, evitando decisões dos juízes
Main event: Luta principal do evento, sempre a última
MMA: Mixed Martial Arts (Artes Marciais Mistas)
Octógono: Nome do ringue octagonal onde acontecem as lutas do UFC
Preliminares: Lutas que acontecem antes do card principal
Ranking: Sistema de classificação dos melhores lutadores de cada categoria
Striking: Luta em pé, usando socos, chutes, joelhadas e cotoveladas
Wrestling: Estilo de luta focado em quedas e controle no solo